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Kwanzaa Ujamaa - O poder da Economia Colaborativa

Kwanzaa dia 4 Ujamaa – O poder da Economia Colaborativa

Hoje vamos refletir sobre o quarto princípio da Kwanzaa: Ujamaa, que significa economia colaborativa.

Kwanzaa: Uma Celebração de Cultura, Família e Comunidade

Antes de tudo, quero agradecer a você que está aqui lendo este texto, especialmente sabendo que, em sua maioria, são mulheres e pessoas pretas. É uma honra compartilhar este espaço com vocês.

Muitas vezes, o impacto de ações coletivas passa despercebido. Um exemplo disso é este site: ele só cresce e se torna sustentável com a sua presença. Cada visita conta, e você faz parte de um futuro promissor. Essa é a essência da economia colaborativa – entender que cada gesto contribui para algo maior.

Mas quero ir além do conceito de Black Money e trazer uma reflexão sobre como valorizamos o empreendedorismo preto.

A primeira verdade: empreender, especialmente sendo preto, não é fácil. Enfrentamos preconceitos, desconfianças e a constante urgência que parece nunca dar espaço para paciência ou investimento. Muitas vezes, ouço que o produto ou serviço preto é “caro”. Mas “caro” depende do ponto de vista. Valor não se limita ao preço, e sim à história, ao esforço e à qualidade que estão por trás.

Lições da Economia Colaborativa

Vou compartilhar uma história pessoal que ilustra o poder da colaboração. Um dia, comprei um doce de uma mulher preta. Conversamos, criamos um laço e, mais tarde, descobri que ela era irmã de uma amiga minha. Não demorou muitos meses para que ela comprasse uma viagem comigo – algo cujo valor era 500 vezes maior do que o doce que adquiri dela.

Essa troca não foi sobre o preço. Foi sobre reconhecer o trabalho do outro, valorizar esforços e acreditar no potencial de quem está ao nosso redor. É isso que a economia colaborativa representa: apoiar, confiar e entender que somos responsáveis por impulsionar uns aos outros.

Economia colaborativa também é sobre responsabilidade social. Não se trata apenas de dinheiro, mas de criar um ciclo sustentável de apoio. É divulgar o trabalho que você acredita, consumir de forma consciente e reconhecer que o crescimento de um é o crescimento de todos.

Por exemplo, recentemente, uma amiga preta estava desempregada e pediu minha ajuda para enviar o currículo dela a conhecidos. Ao analisar o documento, percebi que ele precisava ser reestruturado. Ofereci-me para refazê-lo sem custo. Ela aceitou e, com o currículo atualizado, conseguiu um emprego. Mais tarde, ela me enviou um valor maior do que eu cobraria por esse serviço, como forma de agradecimento.

Essa é a essência de Ujamaa: apoiar, colaborar, prosperar juntos.

Reflexões e Exercícios

Quero te convidar a refletir sobre como você tem praticado a troca e a economia colaborativa:
1.Com que frequência você troca conhecimento, tempo e saberes com outras pessoas pretas ou com sua comunidade?
2.Em um mundo focado no “ter”, quanto você tem investido no “trocar”?
3.De que forma você tem colaborado economicamente com sua família e comunidade? Isso não precisa ser dinheiro, mas pode ser tempo, expertise ou mesmo apoio emocional.
O princípio de Ujamaa nos ensina que o crescimento coletivo é mais poderoso do que o individual. Não precisamos acumular, mas compartilhar. Apoiar o outro é apoiar a si mesmo.
Que possamos, juntos, construir um mundo onde o sucesso não seja solitário, mas coletivo. Afinal, economia colaborativa é sobre conectar, compartilhar e prosperar – juntos.
Um beijo,
Rebecca Aletheia

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