Na celebração do primeiro dia do Kwanzaa, além de acendermos a vela preta, refletimos sobre o princípio de Umoja, que significa unidade. Hoje, quero compartilhar reflexões sobre esse valor essencial, que nos convida a pensar sobre a força do coletivo.
A Unidade como Coletividade
O mais interessante sobre o princípio de Umoja é que ele não trata de uma unidade individual, mas coletiva. Consegue imaginar isso? Seja na relação com a família ou amigos, não há africanidade sem coletividade.
Se for possível, e mesmo sabendo que nem sempre é fácil, ame, honre e respeite sua família. Entretanto, caso isso não seja viável, reflita sobre quem é a família que te acolheu — seja como filha, filho ou filhe.
Família Além do Literal
Família não é apenas algo biológico. Não é à toa que igrejas e terreiros frequentemente cumprem esse papel de irmandade, oferecendo um lugar onde nos sentimos pertencentes. Assim, saia do conceito literal de família e entenda que ela também pode ser composta por quem nos acolhe e nos faz sentir bem.
Além disso, lembre-se de que você também é alguém que constitui ou poderá constituir uma família. Então, reflita: como você tem contribuído para que seu lar possa ser chamado de família?
Famílias que se Expandem
Não precisamos ter apenas uma família. Não é por acaso que famílias se unem, muitas vezes de forma matrimonial, criando uma nova unidade sem deixar de lado suas origens. Essa conexão entre famílias é um lembrete de que união não é exclusividade de um único espaço.
Reflexão Sobre União e Compromisso
No princípio de Umoja, a união vai além do estado físico. Trata-se de se entender e reconhecer os laços que criamos.
Pergunte a si mesma:
•O quanto você tem se dado à sua família?
•Você sente que está verdadeiramente unida a ela?
•E o quanto você tem contribuído para fortalecer essa unidade?
Lembre-se, união não deve ser medida por achismos ou cobranças. Quem realmente se entrega não mede suas ações com régua.
Kwanzaa Dia 1: Umoja e o Poder da Unidade
Hoje, ao refletir sobre Umoja, não trago respostas definitivas, mas perguntas que nos convidam a pensar juntas. Afinal, unidade é algo que construímos constantemente, seja com nossa família de origem ou com as famílias que escolhemos ao longo do caminho.